May / MAIO
JUNHO / JUNE
During the months of May and June Art&Craft Refugio hosts artist R. T. Snott at Largo Residências for the creation of Cocoons are codes, a project focused on textile art using intermediate and advanced knitting techniques. This work culminates in the production of a participatory piece that reflects on the internal metamorphosis we all go through when immigrating and having our identities transformed and our personal histories rewritten.
Durante os meses de Maio e Junho o Art & Craft Refugio recebe no Largo Residências o artista R. T. Snott para a criação de Os casulos são códigos, um projecto centrado na arte têxtil que utiliza técnicas intermediárias e avançadas do tricô. Este trabalho culmina na produção de uma obra participativa que reflecte sobre a metamorfose interna que todos(as) passamos ao imigrar e ao ter as nossas identidades transformadas e as nossas histórias pessoais reescritas.
R. T. Snott n. Goiânia, 1993 is a Brazilian visual artist working in Lisbon, Portugal. He studied History at the Federal University of Goiás (UFG) and currently attends the Artistic Residency 1.0, A Base, Lisbon.
“Much of my personal experience with immigration permeates my first contact with Portuguese knitting in 2017, when the method was taught to me through the generosity of Portuguese grandmothers. Since then, I have dedicated myself to exploring the limits and capabilities of the technique, allowing work with several threads and facilitating the three-dimensional-spatial ambition that textile sculpture has. However, Portuguese knitting, today, finds use only as a form of anachronistic curiosity, as it has some disadvantages in efficiency (measured in stitches per minute) when compared to the Irish method (lever knitting), this being the method favoured by those who work knitting commercially. Far from being outdated, the Portuguese method, a variant of the German or continental method, may find a new lease of life as an advanced and contemporary technique, as it allows the textile work to emancipate itself from the wall, the floor and the body, acquiring visual and compositional independence and transforming elementary decorative techniques into structural ones through their isolation, recombination and repetition.”
R. T. Snott n. Goiânia, 1993 é um artista visual brasileiro que trabalha em Lisboa, Portugal. Estudou História na Universidade Federal de Goiás (UFG) e atualmente frequenta a Residência Artística 1.0, A Base, Lisboa.
"Muito da minha experiência pessoal com a imigração permeia o meu primeiro contacto com o tricô português em 2017, quando o método me foi ensinado através da generosidade de avós portuguesas. Desde então, tenho me dedicado a explorar os limites e capacidades da técnica, permitindo o trabalho com vários fios e facilitando a ambição tridimensional-espacial que a escultura têxtil possui. No entanto, o tricot português, hoje em dia, encontra uso apenas como uma forma de curiosidade anacrónica, pois apresenta algumas desvantagens na eficiência (medida em pontos por minuto) quando comparado com o método irlandês (lever knitting), sendo este o método preferido por quem trabalha o tricot comercialmente. Longe de estar ultrapassado, o método português, variante do método alemão ou continental, pode encontrar um novo fôlego como técnica avançada e contemporânea, pois permite que a obra têxtil se emancipe da parede, do chão e do corpo, adquirindo independência visual e compositiva e transformando técnicas decorativas elementares em técnicas estruturais através do seu isolamento, recombinação e repetição."
“Much of my personal experience with immigration permeates my first contact with Portuguese knitting in 2017, when the method was taught to me through the generosity of Portuguese grandmothers. Since then, I have dedicated myself to exploring the limits and capabilities of the technique, allowing work with several threads and facilitating the three-dimensional-spatial ambition that textile sculpture has. However, Portuguese knitting, today, finds use only as a form of anachronistic curiosity, as it has some disadvantages in efficiency (measured in stitches per minute) when compared to the Irish method (lever knitting), this being the method favoured by those who work knitting commercially. Far from being outdated, the Portuguese method, a variant of the German or continental method, may find a new lease of life as an advanced and contemporary technique, as it allows the textile work to emancipate itself from the wall, the floor and the body, acquiring visual and compositional independence and transforming elementary decorative techniques into structural ones through their isolation, recombination and repetition.”
R. T. Snott n. Goiânia, 1993 é um artista visual brasileiro que trabalha em Lisboa, Portugal. Estudou História na Universidade Federal de Goiás (UFG) e atualmente frequenta a Residência Artística 1.0, A Base, Lisboa.
"Muito da minha experiência pessoal com a imigração permeia o meu primeiro contacto com o tricô português em 2017, quando o método me foi ensinado através da generosidade de avós portuguesas. Desde então, tenho me dedicado a explorar os limites e capacidades da técnica, permitindo o trabalho com vários fios e facilitando a ambição tridimensional-espacial que a escultura têxtil possui. No entanto, o tricot português, hoje em dia, encontra uso apenas como uma forma de curiosidade anacrónica, pois apresenta algumas desvantagens na eficiência (medida em pontos por minuto) quando comparado com o método irlandês (lever knitting), sendo este o método preferido por quem trabalha o tricot comercialmente. Longe de estar ultrapassado, o método português, variante do método alemão ou continental, pode encontrar um novo fôlego como técnica avançada e contemporânea, pois permite que a obra têxtil se emancipe da parede, do chão e do corpo, adquirindo independência visual e compositiva e transformando técnicas decorativas elementares em técnicas estruturais através do seu isolamento, recombinação e repetição."